Livro registra vida de imigrantes alemães na São Paulo do século 19

Co-edição da Imprensa Oficial e Arquivo do Estado analisa hábitos, cotidiano e relações entre germânicos e brasileiros

A Imprensa Oficial do Estado lança amanhã no Clube Transatlântico, na capital, o livro “Uma São Paulo Alemã: Vida Quotidiana dos Imigrantes Germânicos na Região da Capital (1827-1889)”. A obra é uma co-edição da Imprensa Oficial e Arquivo do Estado, produzida a partir da dissertação de mestrado da historiadora Sílvia Cristina Lambert Siriani.

A publicação apresenta estudo sobre a trajetória dos primeiros colonos alemães que se fixaram em São Paulo. São abordados os aspectos que favoreceram a imigração, as estratégias de sobrevivência, hábitos e o convívio dos germânicos com seus conterrâneos e a população local.

A autora utiliza elementos da história, antropologia, sociologia e psicanálise para traçar um perfil dos europeus. O modelo adotado foi a análise dos laços de sociabilidade que foram se constituindo entre a comunidade ao longo do tempo. Para isso, pesquisou durante quatro anos os registros documentais do Arquivo do Estado, Instituto Martius-Staden e centros de documentação da capital paulista.

Desenvolvimento da capital

Os imigrantes foram importantes para o desenvolvimento do comércio, indústria e urbanização de São Paulo. Da época, destacam-se os grandes empreendedores germânicos e engenheiros como Martinho Buchard, Frederico Glette, Victor Nothmann e Carlos Abrão Bresser, responsáveis pelo plano de urbanização de bairros paulistanos como Santa Cecília, Higienópolis, Campos Elíseos e Bresser.

Muitas das iniciativas de cunho sociocultural criadas pelos alemães permanecem vivas até hoje, como o Clube Pinheiros (que começou como Clube Germânia, em meados de 1870), a Sociedade Filarmônica Lira (tradicional instituição localizada no Campo Belo) e o Instituto Martius-Staden de Ciências, Letras e Intercâmbio Cultural Brasileiro-Alemão, com sede na região central da cidade.

A autora ressalta que, embora a imigração alemã não seja tão expressiva numericamente, como a de outros povos, tem a força qualitativa das contribuições deixadas para a cidade. “A história de São Paulo se funde com a de outros povos e culturas, compondo um mosaico que resultou na metrópole de hoje.”

Serviço

O livro tem 328 páginas, custa R$ 37 e está à venda nas principais livrarias do País e na Livraria Virtual, no site da Imprensa Oficial.
Correio eletrônico: livraria@imprensaoficial.com.br
Telefone 0800 0123 401

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 21/08/2003. (PDF)

Unicamp habilita agentes para atuar como gestores de saúde da mulher

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está promovendo até domingo o 10º Programa de Estudos em Saúde Reprodutiva e Sexualidade, para 27 gestores de saúde da mulher de todo o País. O treinamento foi iniciado dia 10 sob a coordenação do Núcleo de Estudos de População (NEPO) da universidade.

O projeto tem o apoio do Ministério da Saúde e promove atividades de pesquisa, capacitação, assessoria e reciclagem de recursos humanos para os agentes de saúde. Entre os temas, destacam-se concepção e contracepção; exame pré-natal, parto, amamentação; aborto; Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids; câncer de colo de útero e de mama; violência sexual e doméstica e saúde mental, entre outros.

O Projeto

De caráter multidisciplinar, o programa de estudos foi iniciado em 1992 e visa a integrar as áreas de ciências humanas e da saúde. Contempla tópicos referentes à saúde reprodutiva e aos direitos sexuais reprodutivos. Os assuntos são Saúde como Direito; Tendências Recentes da Mortalidade, da Fecundidade e seus Principais Diferenciais Socioeconômicos, Geracionais e Raciais Técnicos; Panorama da Saúde da Mulher no País; Gestão em Saúde e Gestão em Saúde Reprodutiva da Mulher.

Conheça o NEPO

O NEPO reúne profissionais de especialidades distintas com formação em demografia, com ênfase nas ciências sociais. Dispõe de infraestrutura e de apoio técnico e administrativo, incluindo centro de documentação, serviço de apoio em informática e secretarias. Seu objetivo é produzir conhecimento para a demografia de uma perspectiva interdisciplinar e formar novos profissionais para a área. O resultado do trabalho é utilizado de modo direto e indireto como subsídio para órgãos públicos, de caráter federal, estadual e municipal.

O Núcleo também colabora com outras instituições de ensino e pesquisas nacional e estrangeira, além de promover intercâmbio entre a comunidade científica e a sociedade, por meio da participação em seminários, palestras, conferências e prestação de serviços. As linhas de pesquisa analisam fenômenos demográficos como fecundidade, nupcialidade, mortalidade e migração. E também questões sociais, políticas, culturais e econômicas. As principais linhas são População e Ambiente; Demografia e Políticas Públicas; Mobilidade Espacial da População; Demografia das Etnias; Saúde Reprodutiva e Sexualidade; Saúde e Morbi-Mortalidade; Família, Gênero e Demografia e Geoprocessamento em Demografia.

Serviço

Núcleo de Estudos de População (NEPO) da Unicamp
Tel. (19) 3521-5893

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 14/08/2003. (PDF)

Bate-papo on-line do IPT discute hoje novos usos para cartões magnéticos

A partir das 11 horas, usuário da internet pode debater on-line automação bancária

O visitante do site do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) poderá debater, a partir das 11 horas, com o especialista da entidade, Édson Pistoni, novas possibilidades para transações financeiras e automação bancária. O tema do bate-papo (chat) é Mídias Magnéticas para a área de cartões de débito, crédito e serviços.

O Centro de Pesquisa Paulista, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) é uma das três instituições no mundo habilitada a fazer ensaios com os cartões. Realiza testes a partir do trabalho conjunto entre laboratórios próprios, capitaneados pelo de avaliação de mídias magnéticas.

Smart cards

O IPT também realiza experiências com os chamados smart cards. A nova tecnologia oferece maior segurança do que os cartões magnéticos tradicionais utilizados pelo mercado. “Acredito que, nos próximos anos, viveremos um processo maciço de substituição dos cartões magnéticos tradicionais pelos smart cards“, afirma.

O Instituto já colaborou com a instituição desse produto nos sistemas de ônibus de Curitiba e Campinas. Atualmente, presta serviços para bancos brasileiros no desenvolvimento dessa tecnologia.

O que é o IPT

O IPT foi fundado há mais de 100 anos e ocupa área construída de 87 mil metros quadrados no campus da Cidade Universitária, na capital. Possui 400 pesquisadores e orçamento anual de R$ 100 milhões. A missão do Instituto é desenvolver pesquisa, inovação e tecnologia na área de engenharia. Oferece, também, apoio ao setor produtivo e auxilia na concepção e execução de políticas públicas.

Conheça Édson Pistoni

O especialista Édson Pistoni se formou técnico em eletrônica em 1976 e atua na Divisão de Mecânica e Eletricidade do IPT desde 1977. É diretor do Laboratório de Avaliação de Mídia Magnética há cinco anos e realizou trabalhos de pesquisa e desenvolvimento para micro usinas da CPFL, elevadores Weston, semáforo coordenado pelo fluxo de trânsito, pedágio eletrônico e outros.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/08/2003. (PDF)